Com Brasil já classificado para a Copa, Tite deve fazer experiências contra Argentina
Depois de confirmar a participação em mais uma Copa do Mundo, com direito a antecipação recorde de cinco rodadas, a Seleção Brasileira entra em um novo período de preparação para buscar o hexacampeonato. Começa agora uma espécie de fase de testes, na qual Tite vai ter mais liberdade para experimentar jogadores antes de fechar a lista dos 23 convocados para buscar o título no Catar, em novembro de 2022.
O primeiro desses compromissos acontece nesta terça-feira, 16, contra a Argentina. A partida está marcada para o Estádio Bicentenário, em San Juan, no interior do país vizinho, e a bola começa a rolar a partir das 20h30 (da Bahia).
Serão pelo menos quatro mudanças em relação ao time que venceu a Colômbia na semana passada e garantiu a classificação matemática para o Mundial. Eder Militão, Fabinho, Vinícius Júnior e Matheus Cunha vão ocupar as vagas de Thiago Silva, Casemiro, Neymar e Gabriel Jesus.
Desses, Casemiro e Neymar tiveram saídas forçadas. O volante recebeu o terceiro cartão amarelo e vai cumprir suspensão automática. Já o camisa dez reclamou de dores na coxa e foi liberado para retornar ao Paris Saint-Germain.
“Neymar Jr. relatou insegurança com a situação e por não haver tempo hábil para a realização de exames complementares, a comissão técnica optou por preservar o jogador”, divulgou a CBF.
Entre as novidades na escalação, Militão e Fabinho, embora estejam distantes do time titular, são nomes frequentes nas convocações de Tite e devem ter um lugar garantido na lista que vai ao Catar. Vinícius Júnior e Matheus Cunha, por outro lado, têm uma chance de ouro para se unir ao grupo. Cunha, inclusive, vai debutar como titular da Seleção principal.
O atacante foi lembrado por Tite pela primeira vez em setembro de 2020, mas só ganhou minutos em campo um ano depois, em setembro deste ano.
Atualmente no Atlético de Madrid, o jogador de 22 anos chamou a atenção da comissão técnica de Tite quando defendia as camisas do RB Leipzig e do Hertha Berlin, ambos da Alemanha, entre 2018 e 2021.
Nesse período ele também foi constantemente convocado para a Seleção Sub-23. Inclusive, terminou como artilheiro do Brasil no último ciclo olímpico. Foram 18 gols na fase de preparação para os Jogos de Tóquio, onde ele ainda balançou as redes mais três vezes.
Pedra no sapato
A Argentina é a seleção que mais deu trabalho ao Brasil desde a chegada de Tite, em 2016. Das cinco derrotas do treinador, três aconteceram diante dos hermanos. Na mais recente, eles ficaram com o título da Copa América em pleno Maracanã, há alguns meses.
Quando questionado sobre o assunto, o treinador da Seleção colocou o país vizinho como adversário com “nível de Copa do Mundo”, mas fez questão de lembrar que também tem três vitórias no confronto direto.
“São jogos de Copa do Mundo, e vai ser agora também pelo nível e qualidade dos adversários, da qualidade técnica individual, da rivalidade histórica. (...) As estatísticas são de três derrotas e três vitórias também”, ponderou Tite.
Nesta terça, a Seleção Brasileira realmente não deve ter vida fácil. Isso porque a partida pode valer a classificação argentina para a Copa do Mundo. Os hermanos são vice-líderes das Eliminatórias Sul-Americanas e precisam de mais três pontos para se garantir matematicamente no Catar.
A partida também vai marcar o encontro dos únicos países
sul-americanos ainda invictos no caminho para o Mundial de 2022. O
Brasil tem 11 vitórias e um empate, enquanto o cartel Albiceleste mostra
oito triunfos e quatro igualdades nos mesmos 12 jogos. *AT/Esportes
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