UE pede à China 'provas verificáveis' no caso da tenista Peng Shuai
A União Europeia (UE) pediu às autoridades chinesas "provas verificáveis" da liberdade de circulação da tenista Peng Shuai e uma investigação "transparente" de suas alegações sobre o abuso sexual, do qual afirma ter sido vítima - informou a porta-voz da diplomacia da UE, Nabila Massrali, nesta quarta-feira, 24.
"Vimos as declarações atribuídas a Peng Shuai e as imagens de sua aparição pública. A informação sobre as acusações dos abusos e o fato de que não tenha sido vista há duas semanas continuam, no entanto, sendo muito preocupantes", escreveu Nabila, em uma mensagem à AFP.
"Não estamos em condições de comentar as acusações, mas pedimos uma investigação completa e transparente", acrescentou.
"As solicitações de informação confiável são legítimas", insistiu Massrali, em resposta ao apelo das autoridades chinesas para que não se "politize", nem se "exponha" o caso.
"Seguimos pedindo ao governo chinês que apresente provas independentes e verificáveis do bem-estar e do paradeiro da tenista. Esperamos que, em breve, possa retomar suas atividades esportivas e não esportivas", concluiu.
No início de novembro, a atleta, de 35, publicou na rede social chinesa Weibo (similar ao Twitter) uma longa mensagem sobre sua relação com o ex-vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli, 40 anos mais velho que ela.
No texto - em forma de carta aberta -, ela descreve extensamente seus sentimentos pelo ex-dirigente, aposentado desde 2018. Entre outras coisas, a tenista acusa-o de tê-la forçado a manter relações sexuais há três anos.
Muitas estrelas do tênis mundial, de Chris Evert até Novak Djokovic e vários países ocidentais, entre eles França e Estados Unidos, pediram a Pequim que esclareça o paradeiro da campeã de Roland Garros em 2014.
Peng reapareceu no fim de semana passado, em um restaurante de Pequim e em um campeonato de tênis organizado na capital chinesa, segundo vídeos publicados pela imprensa oficial.
No domingo, 21, também falou por videoconferência com o presidente do
Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach. Segundo o COI, Peng
Shuai disse estar "a salvo em sua casa em Pequim, mas que gostaria de
ter sua privacidade respeitada". *AFP
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