PSG conquista Supercopa da Europa

 

O Paris Saint-Germain escreveu na noite de ontem um capítulo inédito em sua história continental. Em Udine, pela Supercopa da Europa, o time de Luis Enrique viu o Tottenham abrir 2 a 0 com Van de Ven e Cristian Romero, mas reagiu nos minutos finais com Lee Kang-In e Gonçalo Ramos para empatar por 2 a 2. A decisão foi para os pênaltis, e os franceses triunfaram por 4 a 3, levantando pela primeira vez o troféu. O roteiro teve tintas de drama, com duas defesas importantes de Chevalier e cobrança convertida por Nuno Mendes no arremate derradeiro.

Do ponto de vista técnico, o PSG oscilou entre a posse estéril e a pressão organizada. No primeiro tempo, o Tottenham, armado num 5-3-2 compacto por Thomas Frank, bloqueou os corredores e explorou bolas paradas para construir a vantagem. O PSG, mesmo com amplitude garantida por Nuno Mendes e Hakimi, careceu de infiltração e foi previsível até os 39 do segundo tempo, quando a insistência pela esquerda encontrou brecha. A entrada de Dembélé e a inversão de Kvaratskhelia para o lado direito quebraram o encaixe defensivo inglês, abrindo espaço para os gols que forçaram a disputa nas penalidades.

 A conquista projeta o PSG como candidato natural a repetir o protagonismo europeu em 2025, mesmo em cenário de renovação de elenco. Para o Tottenham, a frustração é dupla: além de desperdiçar vantagem de dois gols, a equipe viu escapar a chance de somar um título raro no continente. Com calendário pesado pela frente e estreia iminente na Premier League, Thomas Frank terá de administrar o impacto psicológico da derrota.

A leitura que se impõe é que o PSG venceu tanto pela resiliência quanto pela capacidade de alterar o rumo de um jogo travado — qualidade rara em finais recentes. A equipe francesa, acusada de sucumbir sob pressão em edições passadas, respondeu com frieza e método. O Tottenham, por sua vez, foi vítima de sua própria cautela: recuou antes da hora, abriu mão de transições e acabou chamando o adversário para decidir. Como diz na Bahia, "quem tem medo de se molhar não pega peixe" — e, em Udine, a rede balançou a favor de quem ousou até o último instante.

Fonte: JFE