Presidente da CBF negociou R$ 12 milhões por silêncio de funcionária que o denunciou

 

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, teria oferecido R$ 12 milhões pelo silêncio da funcionária da organização que o denunciou por assédio sexual e moral. Ele foi afastado do cargo por 30 dias no último domingo, 6, pelo Comitê de Ética da CBF, que investiga o caso.

De acordo com a defesa de Rogério Caboclo, o valor foi negociado com a funcionária após pedido de acordo e minutas de contrato foram trocadas.

"A denunciante omite o fato de que, por várias semanas, negociou acordo em torno da questão, e até constituiu advogado para tanto, tendo feito pedido inicial de 12 milhões de reais, em troca da não divulgação da gravação. Minutas de acordo foram comprovadamente trocadas, mas, ao que parece, ao final, a denunciante não se contentou com seus termos", disse ao GE em nota.

Ao GE, os advogados da funcionária negaram qualquer solicitação e afirmaram que houve uma oferta por parte do presidente CBF, que foi negada.

O valor foi oferecido para que a funcionária não o denunciasse e divulgasse uma gravação com os fatos relatados na denúncia. No áudio, Caboclo constrange a funcionária ao perguntar se ela se masturba.

A gravação foi anexada a denúncia feita na última sexta-feira, 4, ao Comitê de Ética da CBF. A funcionária também pretende acionar a Justiça Comum. *AT/Esportes