Alvi-negro entrega camisa 7 e aposta firme no talento do filho de Robinho - TÁ NA ÁREA

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Alvi-negro entrega camisa 7 e aposta firme no talento do filho de Robinho

Pouco a pouco, com a cautela de quem lida com um símbolo e a urgência de quem vive de revelar, o Santos desenha os contornos do que espera ser sua nova grande história. Robinho Jr., 17 anos, ganhou em 2025 não apenas espaço nos treinos e minutos nos jogos, mas também a camisa 7 — número sagrado na Vila Belmiro. O novo contrato, com multa rescisória de R$ 644 milhões, atesta: o Peixe enxerga no garoto um ativo esportivo e emocional, ancorado na herança do pai e nos desejos de futuro da torcida.

A direção santista tem sido estratégica. Robinho Jr. é mantido sob o olhar direto da comissão técnica principal, participando gradualmente de partidas oficiais — estreou contra o Flamengo, sem brilho, mas com presença. Essa inserção controlada reflete aprendizado com erros do passado, quando promessas foram lançadas sem rede de proteção. A multa elevada serve mais para conter sondagens do que como barreira real; a aposta central do clube, na verdade, está no cronograma de maturação: treinos diários com os profissionais, observação contínua e protagonismo visado apenas a partir de 2026.

Essa visão de longo prazo, porém, desafia a lógica do mercado atual. Com concorrência interna intensa nas categorias de base e propostas externas cada vez mais precoces — como a sondagem recente do Grêmio —, a permanência de Robinho Jr. dependerá não só de cláusulas contratuais, mas da confiança que o jogador tiver no projeto esportivo. A comparação com a trajetória de Neymar, ainda latente no imaginário santista, impõe um fardo silencioso, mas constante. O Santos, ciente disso, evita superlativos e trabalha para que a evolução técnica do jovem ocorra em paralelo ao amadurecimento emocional.

É verdade que o simbolismo da camisa 7 carrega mais expectativas do que minutos em campo, e pode se tornar uma armadilha se mal administrado. No entanto, é louvável que o clube busque recuperar sua identidade formadora sem recorrer ao imediatismo. Robinho Jr. ainda está longe de ser um craque pronto, mas caminha com firmeza no campo das promessas plausíveis. Se o Santos não se perder no oba-oba habitual e o garoto não deixar o juízo em casa — como se diz na Bahia, "quem tem cabeça, guarda o chapéu" —, o projeto pode, enfim, dar frutos. E não apenas cifras.

Fonte: JFE

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