Copa do BR: Botafogo despacha Bragantino
O Botafogo segue em frente na Copa do Brasil 2025 após vencer o Red Bull Bragantino por 1 a 0 fora de casa e confirmar a classificação com 3 a 0 no agregado. O duelo no Estádio Cícero de Souza Marques teve mais tensão do que brilho técnico. Savarino marcou o único gol da noite, mas o enredo foi pautado pela resistência alvinegra, dois jogadores expulsos pelo lado do Bragantino e um susto com Marlon Freitas, que deixou o campo desacordado após choque de cabeça. Ainda assim, a equipe de Davide Ancelotti demonstrou a solidez que o torneio exige.
O primeiro tempo trouxe um Bragantino disposto a reverter a desvantagem, com intensidade no terço final e boa circulação de bola. Praxedes chegou a balançar as redes, mas o VAR anulou o lance por impedimento. O Botafogo demorou a se encaixar, mas cresceu na volta do intervalo: marcou com Savarino aos 9 minutos após jogada bem construída por Correa, e passou a administrar a vantagem com a serenidade que faltou ao adversário. A expulsão de Nathan Mendes e, mais tarde, a de Athyrson, escancararam o descontrole do Massa Bruta frente a um Botafogo que fez da contenção sua virtude.
Com a classificação, o Botafogo chega às quartas de final sem sofrer gols em dois jogos contra um adversário direto da Série A, consolidando um momento de retomada sob Ancelotti. A solidez defensiva, o amadurecimento emocional e a gestão do ritmo nos 180 minutos indicam um time mais próximo do que se exige para campanhas consistentes em mata-mata. A lesão de Marlon Freitas, apesar de estabilizada, será ponto de atenção nos próximos compromissos. Já o Bragantino encerra sua participação de forma melancólica, longe da competitividade dos últimos anos.
O Botafogo ainda não encanta, mas aprendeu a sobreviver. E, em torneios eliminatórios, isso vale tanto quanto jogar bem. O time de Ancelotti ainda tem carências — sobretudo na construção sob pressão —, mas apresenta uma evolução visível no comportamento coletivo. Se mantiver o sangue-frio demonstrado ontem, pode sonhar além das quartas. Ao Bragantino, resta refletir: talento individual não compensa ausência de cabeça no lugar. E, como se diz lá no interior da Bahia, quem não tem juízo, perde até jogo ganho.
Fonte: JFE
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