Série A: Vasco cede e amarga nova derrota
A noite de sábado foi dura para os vascaínos que acompanharam, no estádio Maião ou pela televisão, mais um tropeço da equipe de São Januário. Em duelo válido pela 18ª rodada do Brasileirão 2025, o Vasco foi derrotado por 3 a 2 pelo Mirassol, após um segundo tempo frenético com cinco gols e falhas gritantes do sistema defensivo carioca. O resultado mantém o clube com 15 pontos, ameaçado de cair para o Z-4 dependendo dos jogos de Santos e Fortaleza. Já o Mirassol, organizado e corajoso, chega aos 28 pontos e se estabelece no G-6, com moral para enfrentar o Flamengo no Maracanã na próxima rodada.
Tecnicamente, o Vasco fez um primeiro tempo razoável, sustentando posse (60%) e administrando o ritmo do jogo com mais de 600 passes trocados. No entanto, a fragilidade na recomposição e as escolhas equivocadas nas substituições cobraram caro. A equipe de Fernando Diniz apostou em Tchê Tchê e Hugo Moura para controlar o meio, mas não houve contenção efetiva após o intervalo. O Mirassol, por sua vez, aproveitou cada brecha: Negueba abriu o placar, Chico da Costa e Alesson completaram o castigo. Mesmo com gols de Vegetti e Puma Rodríguez, o Vasco não conseguiu reagir. A ausência de compactação e os erros individuais, como o vacilo de Fuzato que quase resultou no quarto gol, ilustram um elenco que parece jogar no limite emocional.
O cenário preocupa. Com sete jogos sem vencer, o Vasco se vê novamente às portas do rebaixamento — posição que se tornou habitual nas últimas temporadas. Além disso, a derrota afeta a confiança para o duelo decisivo contra o CSA pela Copa do Brasil. Um tropeço em casa, após o 0 a 0 na ida, pode ser catastrófico para o planejamento do segundo semestre. O contraste com o Mirassol é didático: um projeto modesto, mas coeso, consegue escalar na tabela com recursos técnicos limitados, mas estratégia clara e jogadores comprometidos.
É preciso dizer com todas as letras: o Vasco não joga como um time que conhece sua história. A insistência de Diniz em um modelo que exige precisão milimétrica, sem o elenco adequado para executá-lo, soa como teimosia. Falta densidade no meio, liderança em campo e, acima de tudo, uma sacudida no vestiário. Do jeito que vai, o clube não só corre risco de rebaixamento, como também parece anestesiado diante da gravidade da situação. Hora de parar de "dar murro em ponta de faca" e encarar que a Série B 2026 não é um delírio pessimista — é uma possibilidade real.
Fonte: JFE
Post a Comment